foto da série costa da caparica, de heidi slimane (1989)
Tuesday, September 18, 2007
foto da série costa da caparica, de heidi slimane (1989)
Sunday, September 16, 2007
Thursday, September 13, 2007
Tuesday, March 20, 2007
Wednesday, March 14, 2007
Quando eu era pequeno
E dormia as oito horas
Como se fosse a dose diária recomendada de ferro na contracapa dos cereais
Eu não tinha desinsónias.
(Querer estar acordado e dormir).
Agora, passo o dia em desinsónia:
Tenho desinsónia na viagem do comboio
Tenho desinsónia na subida da calçada
Tenho desinsónia, como dor de dentes, nas aulas.
[...]
Vou embalar-me e espantar o bruxedo da desinsónia:
é 'meia: sandmann.
Monday, March 12, 2007
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido não saio do mesmo
E isto não porque seja teimoso,
Mas porque ando perdido
Não saio do mesmo,
(scroll up)
Saturday, March 10, 2007
Friday, March 09, 2007
Thursday, March 08, 2007
A escolha manifestou-se, límpida e clara.
Tomei a decisão de tomar a decisão -
E estabeleci as regras do concurso público da minha emigração.
Num dia disso feliz
Abandonarei o meu país:
O país dos meus pais mas não o meu!
AH! Que eu tenho mil ascos de Portugal!
Vieira!, no que veio a dar o teu Império! (choramos em conjunto - e choramos muito)
Vieira: deixa-me emigrar para junto de ti.
Wednesday, March 07, 2007
Tuesday, March 06, 2007
Monday, March 05, 2007
Saturday, March 03, 2007
Conduziu-o, passaram por um lago com uma fonte sob uma árvore grande e depois viraram à esquerda por entre canteiros de flores em direcção a um enorme pinheiro com muitos troncos. Aí havia uma parede de pedra maciça com uma porta e no outro extremo do jardim as árvores eram mais jovens e a plantação menos formal. Lyra conduziu-o quase até ao extremo do jardim, do outro lado de uma pequena ponte, em direcção a um banco de madeira sob uma árvore de ramos largos e baixos.
- Sim! - exclamou. - Eu desejava tanto, e aqui está, exactamente o mesmo... Will, eu costumava vir aqui na minha Oxford e sentava-me exactamente neste banco sempre que queria estar sozinha, só eu e o Pan. O que eu pensei foi se tu... talvez só uma vez por ano... se pudesses vir aqui ao mesmo tempo que eu, durante uma hora ou assim, então podíamos fazer de conta que estávamos outra vez perto... porque estaríamos perto, se tu te sentasses aqui e eu me sentasse aqui no meu mundo...
- Sim - concordou Will -, enquanto eu viver, virei aqui. Esteja eu onde estiver no mundo, virei até aqui...
- No solstício de Verão - disse Lyra. - Ao meio-dia. Enquanto eu viver. Enquanto eu viver...
Friday, March 02, 2007
Thursday, March 01, 2007
Wednesday, February 28, 2007
(ou a impressão de)
Sinto-me à beira do que ainda não sou.
Sinto o nervoso nas pernas: a oportunidade de perder tudo o que conquistei efemeramente.
Ornatos Violeta
Sunday, February 18, 2007
E as outras coisas, sobre a face da terra, são criadas para o homem, para o ajudarem na prossecução do fim para que é criado.
Donde se segue que o homem tanto há-de usar delas, quanto o ajudam para o seu fim, e tanto deve privar-se delas, quanto disso o impeçam.
Pelo que, é necessário fazer-nos indiferentes a todas as coisas criadas, em tudo o que é concedido à liberdade do nosso livre alvedrio, e não lhe está proibido.
De tal maneira que, da nossa parte, não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que breve, e assim por diante em tudo o mais, somente desejando e escolhendo o que mais nos conduz para o fim que somos criados.
Friday, February 16, 2007
Tuesday, February 13, 2007
Friday, February 09, 2007
Monday, January 29, 2007
Saturday, January 20, 2007
(com jet lag para Paris)*
exemplo:
INT. ALEX'S FLAT
Ma, Pa and Joe the Lodger reading newspapers. Headlines ó all Alex.
Alex enters quietly. Loud radio music from sitting room prevents anyone from hearing him. He enters his won room which is the first off the hall.
ALEX
Hi. Hi. Hi, there my Pee and Em.
All three look up startled.
EM
Alex.
ALEX
(to his mother)
Hullo love, how are you?
(kisses her)
Nice to see you, Dad.
PEE
Hullo lad. What a surprise, good to see you.
ALEX
Keeping fit then?
PEE
(very ill at ease)
Fine, fine.
ALEX
Well, how are you then?
PEE
Oh fine, fine. Keeping out of trouble, you know.
ALEX
Well ó I'm back.
PEE
(with feigned enthusiasm)
Aye. Glad to see you back, lad.
EM
Why didn't you let us know what was happening, son?
ALEX
Sorry, Em, I wanted it to be like... a big surprise for you and pee.
PEE
Well, it's a surprise all right, a bit bewildering too.
EM
We've only just read about it in the morning papers.
PEE
Aye. You should have let us know, lad, not that we're not very pleased to see you again. All cured too, eh?
ALEX
That's right, Dad they did a great job on my gulliver, I'm completely reformed.
PEE
Aye.
ALEX
(looks in the kitchen)
Well, still the same old place then, eh?
PEE
Oh, aye, aye.
ALEX
(fake whisper)
Hey, Dad, there's a strange fella sitting on the sofa there munchy-wunching lomticks of toast.
PEE
Aye, that's Joe. He... ummmm, lives here now. The lodger. That's what he is... he... he rents your room.
Alex confronts Joe.
ALEX
How do you do, Joe? Find the room comfortable, do you? No complaints?
JOE
I've heard about you. I know what you've done. Breaking the hearts of your poor grieving parents. So you're back? You're back to make a life of misery for your lovely parents, is that it? Well, over my dead corpse you will, because you see, they've let me be more like a son to them than like a lodger.
Alex cocks his fist and starts to retch violently, almost at the same moment Joe drops back on the couch next to Em.
EM
Joe! Joe! Don't fight here boys!
Alex burps and retches.
JOE
Oh, please. Do put your hand over your mouth, it's bloody revolting.
Alex violently ill.
PEE
Well, what's the matter lad, are you feeling alright?
EM
Dad... It's the treatment.
More retching.
JOE
Well, it's disgusting. It puts you off your food.
EM
Leave him be, Joe. It's the treatment.
PEE
D'you think we should do something?
EM
Would you like me to make you a nice cup of tea, son?
ALEX
No thanks, Mum. It'll pass in a minute...
(after a pause)
... What have you done with all my own personal things?
PEE
Well. That was all took away, son, by the Police. New regulation about compensation for the victim.
ALEX
What about Basil? Where's my snake?
PEE
Oh well, he met with like an accident. He passed away.
Alex becomes a bit weepy.
ALEX
What's gonna happen to me then? I mean that's my room he's in ó there's no denying that. This is my home also. What suggestions have you, my Pee and Em, to make?
PEE
Well, all this needs thinking about, son. I mean we can't very well just kick Joe out... Not just like that, can we? I mean Joe is here doing a job. A contract it is, two years. Well, we made like an arrangement, didn't we Joe? You see, son, Joe's paid next month's rent already so, well, whatever we do in the future, we cant just say to Joe to get out, now can we?
JOE
No, there's much more than that, though. I mean I've got you two to think of. I mean you're more like a mother and father to me. Well, it wouldn't be fair now, would it, for me to go off and leave you two to the tender mercies of this young monster who's been like no real son at all. Look, let him go off and find a room somewhere. Let him learn the errors of his way, and that a bad boy like he's been don't deserve such a good mum and dad as he's had.
ALEX
Alright. I see how things are now. I've suffered and I've suffered, and I've suffered and everybody wants me to go on suffering.
JOE
You've made others suffer. It's only fair that you should suffer proper. You know I've been told everything you've done, sitting here at night round the family table, pretty shocking it was to listen to. It made me real sick, a lot of it did. Now look what you've gone and done to your mother.
Em bursts into tears.
ALEX
So that's the way it is then, eh? That's the way it is. Right, I'm leaving now, you won't ever viddy me no more. I'll make my own way. Thank you very much. Let it lie heavy on your consciences.
Alex exits.
PEE
(shouting after him)
Now don't take it like that son.
Em boohoohoos, Joe comforts her.
Friday, January 19, 2007
O enchimento de coração, o futurismo de estar imerso, nadando, numa massa
E ser todas as pessoas com que chocamos deliberadamente para as sermos!
Ah! Viver por cada vez que os outros vivem e mais vezes ainda pelas vezes que se esquecem de viver!
As lojistas estão às portas a beber o ar, as pessoas circulam como dançam num são joão!
Há os carros e os autocarros e calçada calcada, o ritmo 'celerado
E as pessoas no sítio de relógios compraram cronómetros!
As pessoas! Esta coisa maravilhosa que são as pessoas!
As pessoas fazem muitas, muitas coisas, como se fossem brinquedos engraçados com multi-funções para entreter a criança fastidiosa:
andam, comem, bebem, falam, respiram, correm, param, olham, compram, gritam, agem!
Acção/Acção!
As palavras rebolam prostitutas entre as bocas e um par de namorados casa-se debaixo do arco.
Os sacos de achados sacodem-se e chocam-se. as pessoas correm e tocam-se:
Há comboios a apanhar
Há comboios a apinhar
Há autocarros a apanhar
Há autocarros a apinhar
Há sempre alguma coisa a apanhar
E essa sempre-alguma-coisa apinhada!
Raios para isto!
E a rua como rio com caudal e leito e barcos e descobrimentos!
Que descobrimento constante cada pessoa a cada instante
O mistério que encerra, a circumnavegação que não lhe fiz
Porque morri quando dava a volta à terra - pelo mar!
Ai!, os tesouros que não se revelam, as riquezes subterradas
E o orgasmo de ver tudo isto a desfilar e eu não poder parar, não poder parar, não poder parar, não poder parar!
E eu parado à parede, eterno a contemplar...
Thursday, January 18, 2007
Neo: What vase?
[Neo turns to look for a vase, and as he does, he knocks over a vase of flowers, which shatters on the floor]
Oracle: That vase.
Neo: I'm sorry...
Oracle: I said don't worry about it. I'll get one of my kids to fix it.
Neo: How did you know?
Oracle: Ohh, what's really going to bake your noodle later on is, would you still have broken it if I hadn't said anything?
Tuesday, January 16, 2007
Isto realmente de não existir é brutalmente divertido!
De facto, deve ser por isso que o Buda se está sempre a rir.
Nunca vi uma estátua do Buda em que ele não se estivesse, como um avô careca, a rir, como se achasse muita graça àquilo tudo (não acha nada, mas pronto).
Agora eu, eu acho uma graça diabólica a isto tudo!
..."
Leandro Rafael Ribeiro, Poema Escrito em Tempo Real
Saturday, January 13, 2007
Friday, January 12, 2007
Thursday, January 11, 2007
Wednesday, January 10, 2007
(com a mulher! e a opus)
E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tende piedade das mulheres
Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres
Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres
Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!
O Desespero da Piedade, Vinícius de Moraes